Umbanda Arte

Guias Espirituais

Na Umbanda, os Guias Espirituais desempenham um papel fundamental na conexão entre o plano material e o espiritual. Essas entidades, que se manifestam por meio dos médiuns, atuam em diferentes níveis de vibração, auxiliando os seguidores em suas jornadas de autoconhecimento, proteção e evolução espiritual.

Cada guia carrega consigo uma vasta experiência adquirida ao longo de múltiplas encarnações, permitindo-lhes oferecer ensinamentos profundos e direcionamentos valiosos para aqueles que buscam sua orientação.

Os Guias Espirituais representam arquétipos de sabedoria e força, sendo reconhecidos por sua capacidade de transmitir mensagens de luz e esclarecimento. Eles estão profundamente conectados às forças da natureza e aos ensinamentos divinos. Utilizam elementos naturais, como ervas, água e fogo, para realizar limpezas energéticas e fortalecer a espiritualidade dos praticantes. Por meio de suas manifestações, os guias promovem o equilíbrio entre corpo, mente e espírito, ajudando os seguidores a superarem obstáculos e a encontrarem um propósito em suas vidas.

A relação entre os Guias Espirituais e os umbandistas é baseada na fé, no respeito e na troca de energia. Aqueles que se dedicam à prática da Umbanda aprendem a interpretar os sinais e mensagens transmitidos por essas entidades, compreendendo que sua presença é um reflexo do compromisso com a evolução espiritual. Dessa forma, os guias não apenas protegem e orientam, mas também ensinam valores essenciais, como humildade, gratidão e amor ao próximo, fortalecendo a conexão entre os praticantes e o universo espiritual.

Saiba mais sobre cada um deles:

Pretos Velhos

Espíritos de antigos escravizados que, com paciência e humildade, transmitem sabedoria e amor.

Saudação: “Adorei as Almas!”.
Significado: Salve as almas.
Vela: branca ou bicolor, branca e preta.

Caboclos

Espíritos de indígenas, guardiões das matas e representantes da força da natureza.

Saudação: “Okê Caboclo!”.
Significado: Dê seu brado, Caboclo.
Vela:
branca ou verde.

Crianças (Erês)

Espíritos que manifestam pureza e alegria, representando a inocência e o amor divino.

Saudação: “Oni bejada!”.
Significado:
Salve as crianças.
Vela: azul claro e cor-de-rosa.

Exus

Guardiões dos caminhos e das encruzilhadas, responsáveis por equilibrar as forças espirituais.

Saudação: “Laroyê Exu! Exú Mojubá!”.
Significado:
Eu me curvo a Ti, grande mensageiro.
Vela: vermelha, preta e bicolor, preta e vermelha, branca.

Pombas Giras

Entidades femininas que trabalham com energia, proteção e caminhos amorosos.

Saudação: Laroyê – “Salve as moças”.
Significado:
Salve a Pombagira
Vela: vermelha, preta e bicolor, preta e vermelha, branca.

Marinheiros

Espíritos de pessoas que viveram no mar, representando força e resistência.

Saudação: “Salve o Povo do Mar!”.
Significado:
Salve a Marujada.
Vela: azul claro.

Boiadeiros

Espíritos de vaqueiros e homens do campo.

Saudação: “Eh boi!”.
Significado: Salve àquele que tem braço forte.
Vela:
branca ou amarela.

Ciganos

Espíritos livres, conectados à energia do movimento e da intuição.

Saudação: “Optchá!”.
Significado:
Salve o belo.
Vela: Amor – rosa ou branca / Riqueza – amarela ou branca / Proteção – branca.

Baianos

Sua atuação pode ser observada tanto em rituais de cura quanto em momentos de proteção, sempre com um toque de simpatia e leveza que caracteriza as entidades dessa linha.

Saudação: “Salve Nosso Senhor do Bonfim!”.
Significado:

Vela: laranja.

Malandros

Espíritos boêmios e urbanos que viveram no Rio de Janeiro e em outras regiões.

Saudações: “Salve Zé Pelintra!”.
Significado:
Salve a Malandragem.
Vela: palito preta, vermelha e branca, tricolor.